Um Phantom 3 simplesmente magnífico, em perfeito estado de funcionamento.

O motor percorreu poucas milhas, tendo sido usado algumas vezes em viagens de Porto ao Algarve e para uso local esporádico. O motor é silencioso como nenhum outro Phantom 3 que já ouvi. Exibe uma excelente pressão de óleo, tanto a frio quanto a quente. A temperatura da água, num dia de 70 graus Fahrenheit (cerca de 21 graus Celsius), ficou em torno de 70 graus durante a condução em rodovias, subindo apenas para 80 graus em tráfego pesado.

A carroceria, uma grande e imponente, mas elegante, foi projetada pelos renomados construtores Windovers. O teto sedanca é bem pensado, com uma cobertura autocompactável e braços que se dobram e se encaixam em pinos na área de armazenamento do sedanca, que é então ocultada pela tradicional capa dobrável, proporcionando uma aparência elegante quando aberta.

O proprietário atual, nos últimos vinte anos, é um dos restauradores de automóveis mais renomados de Portugal. Como resultado, o carro foi cuidado e mantido sem economia de recursos, em perfeitas condições mecânicas. Os freios, por exemplo, são leves, precisos e com a sensação de um carro muito mais moderno, do pós-guerra. O sistema de lubrificação central está todo conectado e totalmente funcional. A direção é leve, firme e sem folgas.

A pintura exterior é impecável, em prata sobre preto, apresentando-se belamente. Os bancos dianteiros foram revestidos em couro preto novo, substituindo o original que havia rachado com o tempo. O compartimento traseiro para passageiros é totalmente original, em tecido cinza, estendendo-se também aos assentos auxiliares. Os passageiros traseiros têm privacidade garantida por duas cortinas de madeira deslizantes que cobrem as janelas laterais traseiras quando acionadas. A carroceria tem uma divisão central, mas, ao contrário de muitos carros com divisão, há bastante espaço na frente, tornando a condução confortável mesmo para uma pessoa tão alta quanto eu, com 1,90m de altura.

A melhor parte deste carro, no entanto, é a experiência de condução, que é sublime. Dirigir este carro é apreciar como ele era quando novo. Ele desliza a 100 ou 110 km/h em completo silêncio, percorrendo as milhas sem esforço. Não posso elogiar o suficiente a condição mecânica deste carro, pois é o melhor que já dirigi, um verdadeiro crédito ao proprietário atual e às habilidades mecânicas de sua oficina, que mantém outros carros Rolls Royce pré e pós-guerra.

O carro pode ser visto mediante agendamento prévio no Porto.